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Crítica: A Espada Selvagem de Conan, A Coleção #4

Atualizado: 2 de mai. de 2020

Uma análise completa, história a história, da quarta edição capa dura de A Espada Selvagem de Conan.


por Ronan Barros

Mais uma vez seguimos com a coleção que compila todas as Savage Sword of Conan conforme sua ordem de lançamento nos EUA. Esta edição apresenta a compilação de 6 histórias lançadas em 4 revistas, as SSoC #8 – 11. A esta altura a revista já havia atingido um patamar de sucesso dentro da própria Marvel e virou referência para inúmeras outras publicações. A compilação desta edição sofre uma sequência um pouco conturbada por apresentar histórias fragmentadas e outras aparentemente escritas para preencher espaço.

Como de praxe, faremos uma análise história a história desta edição e considerações ao final do texto.



O PACTO MALDITO

Arte de Tim Conrad

A primeira história desta edição é O Pacto Maldito (The Forever Phial, no original) lançada na SSoC #8 em outubro de 1985. O roteiro é inteiramente original de Roy Thomas e a arte é de Tim Conrad. É possível perceber que a arte de Tim Conrad é bastante influenciada por Barry Smith, porém, aqui ele não possui o mesmo refino nos traços, detalhes e, principalmente, nos enquadramentos. Algumas posturas dos personagens parecem erradas e a delimitação das cenas parecem desajustadas, como se a “camera” simplesmente não estivesse mirando no lugar certo. Há sim alguns momentos de brilhantismo de Conrad como quando o mago é desenhado em uma página inteira e colocado em um plano a frente aos quadrinhos de fundo. Mas, no geral, este brilhantismo é bastante ofuscado.


A história é bastante curta. Enquanto acampava, Conan foi atacado por um lobo branco selvagem que acabou morto pelas mãos do cimério. Em seguida, Conan descobre que o lobo pertencia ao imortal Mago Ranephi e que este provavelmente buscará vingança pelo animal. Conan até tenta evitar tal confronto, mas, claro, as coisas nunca são simples assim.


O plot “vingança pelo lobo” é claramente apenas uma parte de um plano maior do mago. A história é quase toda dividida entre duas perspectivas que se alternam constantemente entre os quadros, hora acompanhamos Conan, hora acompanhamos o mago. Esta dinamicidade quase embaralhada é algo que dificilmente funcionaria em outras mídias, mas que em quadrinhos funciona de forma muito eficiente. Então aos poucos vemos todos os planos do mago mas o entendimento real das motivações acontece apenas nas últimas páginas numa boa sacada de roteiro.


Curiosidades:

O único quadro colorido de todas as SSoC.

1 - Tim Corand e Barry Smith trabalharam juntos posteriormente em uma história de Bran Mak Morn (outro personagem de Howard) chamada “Os Vermes da Terra” publicada no Brasil na Espada Selvagem de Conan #44. A arte em questão é lindíssima (muito mesmo).

2 - The Forever Phial, nome original, significa “O frasco da Eternidade” e este é citado dentro do roteiro. O Mago Ranephi alega ter bebido o seu conteúdo o que, aparentemente, lhe deu a imortalidade.

3 - O penúltimo quadro desta história é o ÚNICO quadro colorido de TODAS as SSoC já lançadas. Infelizmente, nesta coleção, eles não mantiveram a devida cor.

4 - Em um determinado momento, Conan usa um arco com a mão canhota. Ambidestro?

5 - Quando o Mago começa a colocar fogo em seus livros, ele cita Skelos, Vathelos e Kathulos. Este último aparece no romance Skull Face como Kathulos de Atlantis.


Nota: 7



A ÚLTIMA CANÇÃO DE CONAN

arte de Jess Jodloman

Este é um poema de Lin Carter adaptado por Roy Thomas e desenhado pelo filipino Jess Jodloman. Assim como já havia acontecido na primeira edição desta coleção, o poema sofre com a tradução que não consegue manter rima e métrica. O que deveria ser uma canção, acaba se tornando apenas um texto repleto de metáforas e hipérboles. Escrito em primeira pessoa, o poema tem a premissa de Conan meio que se avaliando como viveu antes de se entregar ao abraço da morte. De forma bem superficial, o texto remonta a diversas épocas de sua vida. De ladrão a Guerreiro, vitórias às derrotas e de alegrias às melancolias. Mesmo sem apresentar nada muito específico, a arte consegue complementar a ideia colocando alguns rostos conhecidos pelos leitores como a mulher com a face de caveira de Wan-Tengri, Jenna, Fafnir, Red Sonja etc… Alias, a arte desta história é simplesmente deslumbrante. Jess Jodloman cria páginas inteiras com visuais belíssimos. Aparentemente, fora os pin-ups, esta é a única revista de Conan ilustrada pelo Artista.


Nota: 7



CORSÁRIOS CONTRA A STYGIA / CONAN, O CONQUISTADOR

Arte de Gil Kane

Corsários Contra Stígia e Conan, o Conquistador foram duas histórias lançadas em numerações diferentes, a primeira na SSoC #8 e a segunda na SSoC #10. Porém, como elas fazem parte da mesma história, decidiram por deixarem elas juntas (algo que faz todo o sentido). Elas formam a parte final da adaptação em quadrinhos do romance “A Hora do Dragão” de Robert E. Howard. Bom, então você se pergunta: “- se esta é a parte final, onde está o início?” - e é ai que temos um problema, e que não é culpa da Panini. A Marvel lançou o início desta história em uma outra publicação chamada “Conan Giant-Size”, e colocou a conclusão da saga nas SSoC. Esta é uma prática comum nas grandes editoras e me parece uma maneira bastante desonesta de forçar a venda de revistas. Como esta coleção compila apenas o que foi lançado nas SSoC, aqui não temos a primeira parte da história (isto não foi um real problema para mim pois já conhecia tanto o romance quanto a versão em quadrinho lançadas anteriormente). No texto de apoio no início da edição, eles dão um breve panorama sobre o que já havia acontecido ao personagem. Isto é uma boa ajuda para leitores que desconheçam a história.


Conan, Rei da Aquilônia, foi deposto por uma conspiração de nobres da Nemédia e um poderoso mago recém-ressuscitado, o terrível Xaltotun. Após ser derrubado do trono e aprisionado, Conan consegue fugir com a ajuda de Zenobia e descobre o que o mago pode ser vulnerável a uma jóia chamada “o coração de Ahriman” que provavelmente se encontra na Stygia. Para chegar até lá, ele acaba se envolvendo com um navio escravagista… e é exatamente neste ponto que a história de Corsários Contra Stygia Começa.


O roteiro, como já sabemos, fica a cargo de Roy Thomas numa adaptação do romance “A Hora do Dragão” de Howard. No geral a adaptação me parece bastante consistente com o romance mesmo não seguindo linha a linha a história original. O romance escrito por Howard parece uma sucessão de contos independentes que, quando juntos, forma uma história maior. Aqui não é muito diferente. Em Corsários Contra Stigia, vemos o desenvolvimento da jornada de Conan no navio escravagista até a Stygia em busca do Coração de Ahriman. Óbvio que Conan não lida bem com a condição de escravizado e não demora para promover sua própria revolução. A arte desta parte da história ficou a cargo de Gil Kane e Yong Montaño. Gil Kane sempre consegue entregar trabalhos descentes e aqui não é diferente. É impressionante a quantidade de corpos desenhado nas batalhas com destaques ao fundo de grandes cenas acontecendo. Técnica esta que Gil Kane costuma usar com frequência e sempre impressiona.

Arte de Buscema e The Tribe

Assim que Conan chega Khemi, uma cidade ao norte da Stygia, começa a sequência de eventos que leva ao final desta saga e é chamado de Conan, o Conquistador. Roy Thomas continua a frente dos roteiros e a arte agora fica a cargo de Buscema e The Tribe continuando o trabalho de altíssima qualidade conforme já conhecemos. Esta parte da história é um arco maior do que a anterior. Nela acompanhamos Conan invadindo um templo de Set em busca do sacerdote Thutothmes e da jóia de Ahriman no melhor estilo suspense de espionagem. Andar escondido, usar disfarces, enganar pessoas, mostram que Conan é muito mais astuto do que o imaginário popular demonstra. Além dos próprios perigos da invasão, o templo de Set também guarda horrores milenares como a vampira Akivasha, monstros indecifráveis na escuridão e múmias ressuscitadas colocando aquela pitada de terror que sempre permeia as histórias do personagem. Passado isto, Conan parte para reconquistar seu trono e aqui temos o épico sendo… épico. É incrível como o universo literário de Conan consegue transitar entre terror, suspense, ação, trama política etc… Particularmente acho o plot principal desta história muito próximo a outro conto famoso de Howard com Conan, “A Cidadela Escarlate” (que vai aparecer na edição nº 10 desta coleção). É como se esta fosse uma versão com mais… carne, mais encorpado. O romance original foi lançado de forma seriada na Weird Tale o que explica cada parte parecer um “mini-conto” formando algo maior. Não é minha história preferida para o personagem, mas é sem dúvida uma das mais aclamadas e maiores já escrita. Muitos sonham em ver este romance pular para as telas do cinema e isto quase aconteceu em 97 com o filme Kull, o Conquistador, mas… isto é uma outra história. Curiosidades:

1 - Conan tem cerca de 45 anos durante os eventos deste romance.

2 - É nesta saga que Conan conhece Zenobia, sua futura esposa.

3 - No romance original, Conan não participa da luta final de Hadrathus contra Xaltotum. Esta mudança feita por Roy é claramente uma maneira de aumentar o protagonismo de Conan na história.

4 - Roy Thomas sempre foi muito atento as questões cronológicas. Em “Corsários Contra Stigia”, Conan encontra alguns kushitas escravizados que recordam dele da época em que era chamado de Amra na saga “A Rainha da Costa Negra”. Estes mesmos escravos são apresentados posteriormente quando Roy adapta a saga em questão amarrando possíveis “pontas soltas”.

5 - No templo de Set, o sarcedote Thutothmes faz uma citação à Thoth-Amon. Aparentemente o feiticeiro recuperou seu prestígio junto aos seguidores de Set após os acontecimentos do conto “A Fênix na Espada”.

6 - O filme “Kull, o Conquistador” lançado em 1997 foi levemente baseado neste romance. Mas, o roteiro foi tão diluído e criaram tanta coisa nova que é praticamente irreconhecível.

7 - O dragão no nome “A Hora do Dragão” é referente a bandeira nemediana.

8 - Esta história rendeu duas sequências diretas na Marvel. A primeira em “Conan The Barbarian Annual #4” (publicado no Brasil pela primeira vez em Conan Rei #3) onde Conan volta a Nemedia para pagar o resgate por Zenóbia e, claro, acaba sofrendo outra traição. E a segunda em “Conan the Barbarian Annual #5” (publicado na Conan Rei #4) onde Conan finalmente se casa com Zenobia duas vezes… é que na primeira ele foi enganado por um monstro metamorfo enviado por Tsotha-Lanti.


Nota: 8 (novamente uma história digna de um 10, mas, como ela não está completa, fica impossível avaliá-la desta maneira. Ressalto que aqui, pelo menos, a culpa não é da Panini e sim da Marvel que picotou esta história em diferentes revistas)



A MALDIÇÃO DA DEUSA-GATO

arte de Pablo Marcos

Esta história foi originalmente lançada na SSoC #9 em dezembro de 1975. O roteiro é original de Roy Thomas e a arte ficou a cargo de Pablo Marcos que entrega um trabalho competente, mas, sem o mesmo brilho de outros artistas. Há algumas boas páginas inteiras de ilustração mas ainda assim parece faltar dinamismo em algumas cenas de ação. A história, assim como as duas primeiras desta edição, é bastante curta e acaba tendo aquele gosto amargo de “tapa buraco” (e era mesmo conforme relatarei nas curiosidades). Aqui novamente temos Conan lideres dos saqueadores Zuagires o que está em harmonia cronológica com “A Maldição da Lua Crescente” (ESC #3).


Após sua viagem para Akibatana, conforme vimos em “A Cidadela no Centro do Tempo” (ESC #3), Conan retorna para os Zuagires e os encontram saqueando uma comitiva religiosa. Ele intercede na contenda em favor dos Zuagires mas fica indignado. Conan havia deixado ordens explícitas para que não atacassem nenhuma caravana Religiosa. Isto gera uma divergência entre ele e Fazal, o comandante interino daquela ocasião. Após todo rebuliço, eles encontram uma misteriosa escultura de um ídolo com o corpo em formato de uma mulher e a cabeça de um gato. O que eles não imaginavam é que este ídolo é muito mais do que uma simples escultura.


Não nego que achei estranho ver Conan defendendo a liberdade de culto das caravanas… Principalmente se pensarmos que Crom, seu deus, pouco liga para o que acontece no mundo mortal. Enfim… a obra segue com o ídolo encontrado provocando uma espécie de hipnose em Conan o deixando cada vez mais ousado, mortal e imprudente ao ponto de seus próprios liderados, seja por desgosto ou por ambição, promoverem um motim. Lembra do Fazal… pois é… hora dele “brilhar” e assumir novamente o controle contra Conan. Ainda que a trama tenha criado uma intriga entre os dois desde o início, o roteiro se suporta demais no poder hipnótico da deusa-gato e isto diminui os personagens a meros fantoches dos acontecimentos. Particularmente achei triste ver o fim dos Zuagires acontecer uma maneira tão passiva e conveniente para o roteiro. Há algumas boas cenas de ação e a luta final entre Conan e Fazal é bem escrita, mas a história ainda assim te um roteiro muito fácil, curto e previsível. Curiosidades:

1 - Não era esta a história programada para esta edição da SSoC. O correto seria que “A Fortaleza dos Condenados” assumisse a posição de história titular. A própria capa desenha por Vallejo para SSoC #9 é uma obra que faz referência à “Fortaleza dos Condenados”, porém, como ela não ficou pronta a tempo, eles colocaram este… tapa buraco.

2 - Conan aparece novamente na liderança dos Zuagires na SSoC #35. Através de uma lembrança, ele conta os fatos ocorridos após os acontecimentos da deusa-gato e de como retomou a liderança do grupo… Mas, claro, ele acaba sendo traído novamente (acho que os Zuagires não são muito confiáveis).


Nota: 7



A FORTALEZA DOS CONDENADOS

A Fortaleza Dos Condenados foi lançada pela primeira vez nos EUA na SSoC #11 em abril de 1976. O roteiro é de Roy Thomas “conanizando” outro conto de Howard, “A Nação da Espada”, cujo o personagem principal era El Borak, um pistoleiro contemporâneo nascido no Texas mas que viveu boa parte de suas aventuras no Afeganistão. A arte fica a cargo de John Buscema e Yong Montaño que entregam um trabalho belíssimo em preto e branco.


Eu realmente não conheço o conto que deu origem a esta adaptação, mas, já antecipo que este é um ótimo exemplo de “conanização” feito por Thomas. É cheio de tramas paralelas, personagens cativantes, intrigas, figuras misteriosas, reviravoltas e ainda foi acrescentado um pequeno elemento sobrenatural transformando esta obra um equilibro muito agradável de Espada e Feitiçaria. Conan, obviamente, assume o papel que seria de El Borak e o deserto montanhoso da Turquia do conto original vira algum lugar próximo as fronteiras do deserto de Koth na era Hiboriana (Turan, provavelmente).


O enredo gira em torno de Mellani, a mulher dos muitos homens, uma ex-cortesã de Khorshemish (capital de Koth) que tenta levar uma vida digna até que acaba presenciando o assassinato de seu irmão. Este, em suas últimas palavras, lhe conta sobre uma cidade escondida que serviria de refúgio para o bando de saqueadores que encomendaram sua morte chamada de “A Fortaleza dos Condenados”. Mellani decidi usar todas as suas economias em busca de vingança e parte para encontrar tal cidade… o que ela não contava é que seus planos seriam rapidamente frustrados.


A pequena sinopse acima não consegue compreender toda a complexidade e elaboração desta história. Sequer conseguiu listar os principais personagens envolvidos. O desejo de vingança de Mellani rapidamente cai por terra e ela própria acaba se tornando refém de um bando de criminosos. Estes decidem entregá-la aos Tigre Negros, o bando de saqueadores que controlam a Fortaleza dos Condenados. Em meio ao caminho novas personalidades se juntam a eles. Destaque para um trio em especial bastante excêntrico. Como se tudo isto já não bastasse, a Fortaleza dos Condenados passa por uma disputa política entre dois lideres local. É impressionante como em um curto espaço de texto, Howard (e com algum ajuste de Thomas) conseguiu colocar tantos personagens, quadrilhas, disputa politica, mistério sobrenatural, reviravoltas, conspirações e contra-conspirações. Tudo de forma tão orgânica e natural que é quase impossível não se sentir plenamente fisgado pelos acontecimentos. O Conan, em si, só é apresentado de forma bastante tardia na história numa nova tentativa de reviravolta, mas que, neste caso em específico, não funcionou tão bem. Acho que a arte já havia entregado esta reviravolta a muito tempo (não vou me aprofundar para evitar possíveis spoilers). De qualquer forma isto não estraga em nada a experiência pois o conto tem muito mais a oferecer. Tem até uma explosão nuclear! Pasmen!


Esta história facilmente se junta ao Hall das melhores histórias publicadas até agora nesta coleção junto a “A libertação de Thugra Khotan”, “A Cidadela dos Condenados”, “Sombras de Ferro ao Luar” e “A Maldição da Lua Crescente”. E acho que a esta altura já é possível perceber um padrão… Até agora as melhores histórias partiram da mão de Roy adaptando Howard (mesmo que fosse numa “conanização”). É impressionante como o gênio criativo de Howard conseguia criar tantas histórias envolventes e personagens cativantes.

Curiosidades

1 - Conan tem por volta de seus 30-32 anos.

2 - Os eventos aqui são logo em seguida ao Conan se tornar ex-lider dos Zuagires

3 - Esta história deveria ter saído na edição número 9 da SSoC. Tanto que a capa de Vallejo daquela edição fazia referências diretas ao trio excêntrico de personagens que aparecem na história.

4 - O horror cósmico também é retratado aqui o que reforça ainda mais a ideia de criaturas extraterrestres como veremos em breve no clássico “A Torre do Elefante”.

5 - A última frase de Conan nesta história está visivelmente mal traduzida. O mais correto seria algo do tipo: “- Crom me carregue! Me pergunto se os bandidos já suspeitaram o quão verdadeiro é sua Cidade de Ladrões ser chamada de a Fortaleza dos Condenados”


Nota: 10



CONSIDERAÇÕES FINAIS


O quarto número desta coleção pode ser a edição mais problemática até o momento. Mesmo tendo uma impressão melhor e aparentemente menos erros de revisão, histórias como Pacto Maldito, Madição da Deusa-Gato e A Ultima Canção de Conan são muito curtas e foram usadas pela própria Marvel com mero material de preenchimento. Corsários Contra Stygia e Conan o Conquistador são ótimas histórias, mas, infelizmente, elas são apenas a parte final de um texto maior que foi iniciado em uma outra série de revista que não é compilado nesta coleção. Um leitor desavisado pode vir a se sentir lesado por não encontrar a história inteira, porém, foi exatamente assim que a Marvel as lançou. Mas então temos “A Fortaleza dos Condenados” e realmente aqui o ponto mais alto desta edição. Esta história, que originalmente não é de Conan, mostra toda a genialidade de Howard ao promover enredos cheios de intrigas e tramas paralelas ao mesmo tempo que Roy Thomas dá um tratamento super adequado ao “Conaniza-la” acertando os cenários e incluindo muito bem os elementos mais sobrenaturais conforme se espera para obras de Espada e Feitiçaria. Começa ficar evidente também que o melhor desta coleção acontece quando Roy adapta diretamente os contos de Howard algo que vai durar com consistência até a edição #10 desta coleção.


Nota Final: 7

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